Evangélicos são os que mais casam, enquanto união estável ultrapassa casamento no Brasil

Enquanto o número de uniões estáveis ultrapassa o número de casamentos no Brasil, os evangélicos são os que mais se ca...

Evangélicos são os que mais casam, enquanto união estável ultrapassa casamento no Brasil
Evangélicos são os que mais casam, enquanto união estável ultrapassa casamento no Brasil (Foto: Reprodução)

Enquanto o número de uniões estáveis ultrapassa o número de casamentos no Brasil, os evangélicos são os que mais se casam.

De acordo com dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE na semana passada, a taxa de casamentos tradicionais (civil e religioso) entre os brasileiros nunca foi tão baixa.

Em 2000, o percentual de casamentos era de 49,4%. Em 2022, diminuiu para 37,9%. No Censo de 1970, eram 64,5%.

Hoje, o maior percentual pertence às uniões consensuais (que podem ser registradas em cartório ou não), com 38,9%.

Casamentos apenas no civil representam 20,5% e casamentos com cerimônias religiosas são somente 2,6% no país.

O número de casais que moram juntos sem se casar ultrapassa o número de pessoas casadas formalmente. São 35,1 milhões de pessoas vivendo em união estável.

Contrariando a tendência da maioria dos brasileiros, os evangélicos são os que mais se casam de forma tradicional.

Segundo o IBGE, 40,9% dos evangélicos são casados no religioso e no civil, representando o maior percentual entre todos os grupos religiosos.

Os evangélicos também lideram os casamentos somente no civil, com 20,1%. Em relação a morar junto sem se casar, a comunidade evangélica é a menos adepta do modelo (28,7%).

Idade média para casamento

Entre a população brasileira, 51,3% das pessoas viviam em uma união conjugal em 2022, revelando um pequeno aumento em relação a 2010 (50,1%).

A maior parte dos que vivem em uma união conjugal estava na faixa etária de 40 a 49 anos entre os homens e 30 a 39 anos entre as mulheres.

A idade média em que os brasileiros estão se unindo aumentou para 25 anos – sendo 26,3 anos para os homens e 23,6 para as mulheres.

O estado com mais casamentos tradicionais é Minas Gerais. Mais da metade da população mineira (51,3%) estava casada, no religioso e no civil, em 2022.

Relação com a renda doméstica

O Censo 2022 ainda descobriu uma relação entre renda domiciliar e o modelo de união adotado. 

A maioria dos casais que possuíam renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo optaram por morar juntos sem casar (52,1%). Nessa faixa de renda, apenas 24,2% realizaram o casamento civil e religioso.

Entre aqueles com até um salário mínimo de renda domiciliar, 40,1% estavam em uniões estáveis e 35,8% casados.

Nas faixas de renda seguintes, a tendência se inverte: quanto maior a renda, maior o número de casamentos tradicionais. Por exemplo, entre as pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos, 54,3% decidiram pelo casamento formal.